sexta-feira, outubro 26, 2007

NOVIDADES


ANO LECTIVO 2007/2008

ESCRITORES NA NOSSA ESCOLA


Ana Zanatti


João Aguiar


Luísa Ducla Soares


Domingos Galamba





Dia do Patrono-Roteiro Cultural de Língua Portuguesa

No Dia do Patrono da nossa Escola realizou-se mais um Roteiro Cultural de Língua Portuguesa. Os participantes do Roteiro foram alunos seleccionados em cada turma e que partiram à descoberta pela escola, numa verdadeira “caça ao tesouro, das respostas às perguntas feitas, através das pistas dadas em cada etapa. No final, as equipas vencedoras foram as que acertaram em mais perguntas, em menor tempo.



Em breve daremos a conhecer os resultados e os prémios atribuídos!



Campanha de pilhas e pilhas de livros !!!!!

Já sabes da última?
Não? Estás tão desactualizado…
Parece que a nossa escola está inscrita numa nova campanha do Modelo e se ganharmos, oferecem-nos uma maravilhosa pilha de livros. Mais exactamente 1000 euros em livros.
Por isso já sabes, traz as tuas pilhas e ajuda-nos a ganhar este fantástico prémio!


AINDA Luísa Ducla Soares
A ENTREVISTA...finalmente

- Onde arranja inspiração para os seus livros?
Eu posso inspirar-me em qualquer sítio. Desde um assalto num comboio, até a uma nuvem com forma de elefante. Eu penso que a inspiração não tem lugar definido. Apenas preciso de um pouco de silêncio para escrever.

- Como surgiu o seu primeiro livro?
O meu primeiro livro não era nem para crianças nem para jovens. Chamava-se O Contrato e era um livro de poemas. O meu segundo foi A História da Papoila que foi feito um pouco como brincadeira, mas que condicionou a minha vida como escritora.

- Tinha alguma intenção especial quando escreveu O Crime no Expresso do Tempo?
Eu pessoalmente gosto muito de pensar no futuro e não no passado. Gosto de pensar no futuro, pois é bastante importante, principalmente para vocês jovens que ainda têm muito pela vossa frente.
E um dos grandes factores que contribuiu para o ter escrito foi o grande gosto que eu tenho pela ficção científica.

-Quando é que surgiu a sua paixão pela escrita?
A minha paixão pela escrita apareceu quando tinha 10 anos. Mas também porque tive bastante sorte em ter tido uma professora de Português que me apoiava, e naquela altura ela era a única a incentivar-me. Mas também não me apoiava muito, porque eu, em vez de estudar, escrevia.

- Onde arranja os nomes das personagens dos seus livros?
Às vezes, há personagens baseadas em figuras reais, outras são inventadas, outras são uma mistura. E até me divirto bastante com a criação das personagens, pois às vezes, quando me quero “vingar” de uma pessoa, crio uma personagem um pouco “parva”. Ao menos, divirto-me com isso sem as pessoas saberem.

- A escrita já é “coisa” de família?
Sei que o meu pai escreveu dois romances. E ele sempre me incentivou a escrever. Ele sabia muita poesia erudita. E penso que foi uma grande influência para ser a escritora que sou agora.

-Já tem novos livros a serem publicados?
- Sim. Já tenho livros na tipografia. Uma dramatização da história da cigarra e da formiga, O canto dos Bichos, poemas sobre animais, A fada Palavrinha e o gigante das bibliotecas e um livro sobre o Natal.

- Qual foi o momento em que mais se emocionou na sua carreira?
O momento que mais me emocionou na minha carreira foi darem o meu nome a uma escola em Lisboa. Penso que gostam muito de mim e mantenho-me sempre em contacto com eles.


A escritora Luísa Ducla Soares tem pena de não ter um blog. Não tem tempo para ter um e colocar o que se comunica através do computador, pois o que interessa é aquilo que se transmite, o suporte não interessa muito.

Antigamente, participou numa parte de um jornal destinada às crianças, mas a censura era tão grande, pois cortavam-lhe textos de “alto a baixo”. Então não havia informação suficiente e havia sempre “buracos” nos jornais.

A sua paixão pela escrita surgiu quando tinha dez anos. Diz que “teve sorte” porque a sua professora de Língua Portuguesa a apoiava bastante. Em casa, em vez de estudar, punha-se a escrever histórias às escondidas.
Quando o escritor José Saramago a desafiou a escrever seis livros num ano, a partir daí nunca mais consegui parar.





Chega-nos uma grande novidade ao blog!







No passado mês de Março, uma aluna da nossa escola do 7ºA, a Priscila Pires, enviou o seu texto “ Animais como eles não há iguais!”, publicado aqui também no nosso blog na secção ESCRITA EM DIA, para um passatempo da revista VISÃO JÚNIOR. Na edição de Abril da VISÃOJÚNIOR o título do texto e o nome de quem o fez apareceu na revista, avisando também que estaria publicado no site da VISÃOJÚNIOR. Como surpresa a Priscila irá receber…um boné!




28 de JANEIRO - LUÍSA DUCLA SOARES NA NOSSA ESCOLA



Neste dia, a escritora falou com os nossos alunos que colocaram questões sobre a sua vida e obra. Brevemente, contar-vos-emos mais pormenores...estejam atentos!







Entretanto, aqui vai um dos textos escritos pelos nossos alunos, a partir do conto "Crime no Expresso do Tempo"
A leitura a produzir mais escrita. Obrigada, Luísa!








MÁS DECISÕES
Havia dois anos que Marco, o maquinista, conduzia o expresso do tempo. Todas as manhãs, entrava ao serviço às 06:00 e deixava o serviço às 22:30, um trabalho muito duro, não acham?
Num belo dia de Verão, todas as pessoas se estavam a divertir, excepto Marco que estava a cumprir o seu dever. Marco, por vezes, achava o seu trabalho um pouco aborrecido, mas depois logo se punha alegre por pensar que iria conhecer novas pessoas, visitar novos países e saber como seria o mundo no futuro ou mesmo no passado, bom, mas vamos passar ao que interessa. Nesse tal dia de Verão, Marco estava a pensar em desistir do seu emprego, pois nos últimos três meses tinha tido pouquíssimos serviços, já para não falar do pouco dinheiro que tinha recebido nesse mês e nos anteriores. Então estava a preparar-se para apresentar a sua carta de demissão, quando de repente reparou numa fileira de pessoas que se prolongava e prolongava e prolongava até que não se via o fim e que começava numa secretária muito iluminada onde estava o Mr.Brown, com um ar muito atarefado. Marco dirigiu-se a ele e perguntou-lhe:
- Quem são estes, Mr.Brown?
- São as pessoas que querem concorrer ao teu lugar.
-Mas este trabalho é medíocre - disse ele por entre dentes.
- Não é isso que eles pensam.
Marco reparou num alto sujeito encostado à parede, olhando fixamente para ele. Em seguida essa pessoa dirigiu-se a Marco para falar com ele e disse:
- Esse acto foi pouco esperto, deixar este trabalho ahn!, pois amanhã, se bem me lembro, é o dia da viagem inter-galáctica e caso não saibas é o dia em que o maquinista do expresso do tempo escolhe as viagens para os passageiros, por isso é que o Brown te mentiu, dizendo que as pessoas estavam a concorrer ao teu lugar e em vez disso estavam a comprar bilhetes para viajar contigo amanhã.
- Mas nunca tanta gente quis andar no expresso, como é que este ano querem vir tantas?
- Exacto, Marco! Não são as visitas que os fascinam, és tu, porque nunca em tempo algum existiu um maquinista tão bom e, como sabes, conduzir o expresso do tempo não é pêra doce.
- Pois tens razão. Existem as rochas mórbidas, os buracos sugadores, os raios mega violeta e também as erosões cósmicas, mas eu acho que consigo passar por tudo isso.
- Por isso é que todos te acham o melhor. Bem, como é? Ficas ou vais?
- Bom hummmmm vou voltar e é para sempre.
No dia seguinte Marco tinha o expresso a rebentar pelas costuras e a viagem que iria realizar seria a evolução do Homem desde do Australopiteco até ao Homem actual.
E assim Marco todos os anos passava momentos aborrecidos, mas vivia feliz sempre a pensar no dia da viagem inter-galáctica.
Rui , 7º E
















AINDA O NATAL

Os nossos alunos participaram na actividade dinamizada pela Biblioteca da nossa Escola, escrevendo pequenos contos, mensagens e poemas de Natal. Mostramo-vos alguns exemplos e esperamos a tua opinião.























CONCURSO



Já foi escolhida a vencedora do concurso "Um texto para uma imagem". A Tamara Mangericão brindou- nos com um belíssimo texto. Esperemos que gostem.





"Ali fomos mais felizes. Porque foi naquela simplicidade que a relva transpirou, que o teu peito se abriu ainda mais e os teus braços me deram colo e um pouco mais de tudo. Ali fomos mais nós” – lia em sussurros a jovem e continuava por entre eles – “Porque foi ao sol e no meio da sombra que ganhaste outra cor. A verdade que sobe dos pés à cabeça e fica por ali a meio corpo, a olhar a janela por dentro. Ali fomos dois”, e fechava o livro num suspiro, tentando imaginar tudo o que lera. Nesta tarde tipicamente primaveril, em que os pássaros cantavam melodias da esperança, uma jovem de nome Brigitte lia num sofá, que estava numa sala com duas portas de vidro para o jardim do palácio. Brigitte gostava de ler, gostava de imaginar-se na pele dos protagonistas, e lia por entre sussurros, não gostava de ler para si, gostava de acreditar que alguém a estava a ouvir, gostava de sentir as palavras passearem pelos seus lábios. E lia muito. Após o almoço em família, sentava-se no sofá que tinha almofadas de veludo, recostava-se e começava a ler. Apenas quando vinha a noite parava a sua leitura. Um dia, Brigitte acordou mais cedo que o costume, banhou-se, vestiu-se, perfumou-se e ficou parada à espera que algo acontecesse. Decidiu sentar-se no seu sofá das almofadas de veludo, tirou o seu livrinho da gaveta da cómoda que estava ao lado sofá, e começou como sempre a sussurrar a leitura. Entretanto chegou a hora do almoço em família, a donzela estava tão concentrada que balbuciou que estava sem fome, continuou a leitura por entre a tarde. A noite tinha chegado, mas Brigitte não parava, o livro estava a meio, e ela insistia que o iria acabar, continuava a ler, mas como sempre, pausadamente e nos seus sussurros. O seu pai chamou-a, era tarde, pediu que esta fosse para os seus aposentos descansar. Mas Brigitte ignorou o pedido, e continua a ler. Estava viciada no livro. Era um vício maior que o carinho de roçar a língua pela boca, como que molhar os lábios sem ter sede, e numa frase entregou-se ao desejo da leitura, e perdeu-se no meio de tantas frases, perdeu-se no meio, sem se lembrar do princípio e sem encontrar o fim.
Tamara Mangericão, nº 17, 8ºC






16 DE NOVEMBRO

1922 - Nasce José Saramago

A
16 de Novembro de 1922, nasce, em Azinhaga (Ribatejo), José de Sousa Saramago, escritor português galardoado, em 1998, com o Nobel da Literatura.
José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.




SÃO MARTINHO



A turma G do 6º ano comemorou o São Martinho de uma forma peculiar...aqui vos deixamos um exemplo.







Centenário do nascimento de

MIGUEL TORGA
Miguel Torga chamava-se, afinal, Adolfo Correia da Rocha. Nasceu há cem anos, a 12 de Novembro de 1907, e foi autor de livros como Bichos e Novos Contos da Montanha. Trás-os-Montes, a região onde o escritor, poeta e dramaturgo nasceu, está quase sempre presente nos seus escritos.
Foi várias vezes premiado, nacional e internacionalmente, sendo-lhe atribuídos, entre outros, o prémio Diário de Notícias (1969), o Prémio Internacional de Poesia (1977), o prémio Montaigne (1981), o prémio Camões (1989), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (1992) e o Prémio da Crítica, consagrando a sua obra (1993).


Dia das Bibliotecas

O Dia Internacional das Bibliotecas Escolares comemorou-se a 22 de Outubro de 2007 (uma segunda-feira como sempre).

A comemoração deste dia pretende relembrar a importância das bibliotecas escolares na promoção do sucesso escolar.
E já que está aqui, aproveite para conhecer como a nossa escola e o Departamento de LP, em particular, aderiu à iniciativa.



O DIA DAS BIBLIOTECAS NA NOSSA ESCOLA

No dia 22 de Outubro comemorou-se o Dia Internacional das Bibliotecas Escolares.
Nesse dia, a minha turma foi à biblioteca. Veio à escola uma antiga professora de Língua Portuguesa que, pelo que sei, deixou boas recordações aos seus alunos e terá sido uma óptima professora.
Começou por nos ler uma carta que o “Representante dos Livros” tinha escrito para nós. Ele era um livro já muito velho. Depois mostrou-nos dois textos, um em prosa e outro em poesia e mandou-nos escolher um deles. Nós escolhemos o texto em poesia, e a professora leu-o para nós.
De seguida falou connosco sobre a importância dos livros e sobre o que eles nos querem transmitir.Também escrevemos numa folha aquilo que o livro significava para nós. Essa folha foi afixada biblioteca da escola.
Quando regressámos à sala de aula, a nossa professora de Português elogiou-nos pela nossa participação.
Eu acho que os livros nos transmitem a sabedoria, a imaginação e a criatividade, são como uma porta que se abre e que nos faz entrar nas
personagens das histórias.
Daniela Gonçalves
6ºF nº8






LIVROS E MAIS LIVROS














Pois bem, eu sou um livro engraçado, melhor dizendo, eu sou o Capitão Cuecas.


Eu sou um tipo de livro cómico, nada chato. Tenho uns amigos que são muito aborrecidos que até adormeço. Normalmente sou mais requisitado por crianças e adolescentes e em geral toda a gente gosta de mim, porque, ao ser cómico e simpático, fico muito sociável.
O meu pai é muito culto e espesso, o nome dele é Atlas do Mundo. É especialmente visto por adultos e jovens curiosos.
A minha mãe é um livro de receitas com os cozinhados da mais conhecida mulher cozinheira com o nome de Ambrósia. Ela sabe tudo de culinária e é vista normalmente por mulheres, que querem imitar os petiscos da famosa "Ambrósia". Posso dizer que tenho uma família perfeita.
Ah, esqueci-me de falar sobre o meu irmão mais novo. O nome dele é o Hipopótamo Amarelo. Ele é muito querido!
Vou falar também do meu avô que é um grande sábio e quer que falemos sempre com correcção. Decerto que já adivinharam o que ele é. Pois bem, ele é nada mais, nada menos que o Dicionário Português/Português.
Tenho pena que a minha avó não tenha durado muito tempo, porque o filho do homem que estava a lê-la "esfaqueou-a" com uma tesoura.
Só para terem uma ideia, ela tinha 458 páginas e 364 tinham sido recortadas. Será que adivinham o que a minha avó era?
Bem, de qualquer maneira eu vou dizer. A minha grande avó era um Prontuário dos grandes, por isso os meus avós faziam um casal e peras.
Eu, como já disse, confraternizo com toda a gente menos uma pessoa - Como ficar mais convencido e charmoso, pois bem, ficar mais "convencido" é impossível. Ainda por cima, mete camadas e camadas de perfume e ninguém consegue aguentar ficar ao pé dele.
Ainda há bem pouco tempo andamos à "bulha". Meu Deus, eu dei-lhe um "murro" na página 52 e 61, que se pode dizer que ele ficou "KO".
A minha vida é assim, tenho pessoas que eu adoro e tenho pessoas com quem convivo de uma forma completamente diferente.
Independentemente disso, nós, livros, somos uma grande comunidade que adora "saciar" o gosto que as pessoas têm. É que cada livro trata de diversos temas e, geralmente, sempre interessantes.
Gonçalo Jardim, 7º E



A BIBLIOTECA PERDIDA

Estava uma linda noite de Verão e eu estava sentada no jardim da minha casa a pensar sobre a aula que tinha tido naquele dia.
A minha professora tinha falado de uma biblioteca, muito grande, que tinha existido há muito tempo, mas não tinha percebido porque é que ela tinha desaparecido, quer dizer, tinha estado a aula inteira a falar e a brincar com os meus colegas e não tinha prestado atenção. Uma coisa é certa, eu tinha de saber porque era essa biblioteca tão famosa e a sua história, pois todas as coisas têm uma história.
Pensei, pensei e cheguei a uma conclusão: a melhor forma de descobrir era ir pedir ao senhor José para me contar a história dessa magnífica biblioteca. Não sei se conhecem o senhor José. Ele é um homem velho, de barbas brancas e amigo das crianças. Mas o mais interessante é que ele é um mágico, melhor, uma autêntica biblioteca: sabe tudo sobre tudo e conta-os histórias magníficas.
Entrei na sua pequena loja e expliquei a minha dúvida acerca da biblioteca. Depois de ela me ouvir com atenção, pôs se a pensar e passado um pouco, vi um grande sorriso na sua cara.
- Já sei! Já sei qual é essa biblioteca!
Eu fiquei radiante e sentei-me numa cadeira ao lado dele.
- Segura-te bem, pois vamos andar para trás, até ao século IV D.C.
“Há muitos, muitos anos, havia uma cidade no Egipto muito importante, aliás a mais importante do Egipto, chamada Alexandria. Lá reuniam-se todos os grandes sábios e filósofos, pois esta cidade tinha um grande museu, muito conhecido, e uma enorme biblioteca. Essa biblioteca era, naquele tempo, a maior biblioteca do Mundo – Há quem diga que essa biblioteca tinha um milhão de livros”.
- Mas vou-te contar uma história que poucos conhecem.
“ No antigo Egipto, tal como hoje em dia, não existiam apenas grandes cidades! Havia também grandes desertos, onde viviam tribos nómadas.
Um jovem pastor de uma das tribos do deserto da Líbia, dirigia-se para Alexandria levando consigo centenas de camelos, para trocar alguns deles por bens que necessitava. Quando se aproximou de Alexandria, viu uma coluna e foi logo averiguar o que era. Ao chegar ao local, viu um grande edifício a arder, mas como era a primeira vez que ia a Alexandria, não se apercebeu que aquele edifício era a famosa biblioteca. Mesmo assim, entrou na biblioteca, tirou tudo o que conseguiu e pôs todos os livros e manuscritos nos camelos. Ele queria esperar pelo dono para lhe devolver as coisas, mas começou a gerar-se uma grande confusão. A multidão estava em pânico e quando olhou para a biblioteca, viu que aquela grandiosa preciosidade estava toda a arder, não havendo salvação possível! Decidiu então abandonar o local e guardar todo aquele material numa gruta que ele bem conhecia. Tencionava voltar a Alexandria para devolver tudo, quando os ânimos acalmassem.
No entanto, quando voltou à cidade, descobriu que tudo o que tinha guardado fazia parte de uma grande biblioteca que tinha sido destruída, e que os novos senhores da cidade não concordavam com o conteúdo dos livros da biblioteca. Por esse motivo, não revelou a ninguém o local onde os tinha escondido.
Há quem diga que os livros permaneceram intactos e que algum dia havemos de os descobrir. Outros acham que já não existem ou que algum animal os destruiu.
Isso só Deus é que sabe!!!



Mariana Rodrigues, 7º A













ESCRITA EM DIA

ANO LECTIVO 2008/2009

ANO LECTIVO 2007/2008

O MECÂNICO ASSOMBRADO

Era uma vez um homem chamado Alberto. Era mecânico e vivia na cidade, numa pequena casa.
Alberto era um homem de trabalho que tinha uma família para cuidar, dois filhos e esposa que trabalhava em casa.
Alberto trabalhava numa oficina, onde se sentia muito explorado, pois ganhava pouco e trabalhava noites e noites seguidas para poder chegar com algum dinheiro a casa.
Certo dia, tão cansado estava de tanto trabalho, que não era reconhecido, e de tanto barulho e confusão da cidade que resolveu ir com a família para o campo, para uma quinta muito velha que herdara.
Como se tinha despedido, todos os dias ia até à banca de jornais comprar um jornal onde procurava emprego.
Quando menos esperava, viu no jornal o seguinte pedido:
Precisa–se de mecânico experiente / 9289568589
Alberto quis agarrar a oportunidade e ligou logo a marcar uma entrevista. Deram-lhe uma morada perto da quinta. Apesar de desconhecer a rua, Alberto lá foi, pois precisava do emprego. Quando chegou à morada dada, encontrou uma casa muito velha que fazia lembrar uma casa assombrada. Alberto teve um enorme medo, mas pensou que se não entrasse naquela casa assustadora, a sua família poderia morrer de fome.
Alberto, a muito custo, entrou na casa e, para seu espanto, viu máquinas potentes e motores. De repente surgiu um homem atrás de si e Alberto assustou-se. Era o dono da oficina, que o convidou a ir até ao seu gabinete. Alberto aceitou e foi então que o dono da oficina lhe contou a sua história e o porquê de ter aquela casa assim tão velha e assustadora. Alberto ouviu a história, atentamente, e aceitou o trabalho.
Depois da entrevista e já mais confiante, Alberto foi visitar a oficina e começou logo a trabalhar.
Passado algum tempo, quando já estava mais equilibrado economicamente, Alberto arranjou a velha quinta para onde tinha ido viver com a família. A quinta nem parecia a mesma! Os filhos começaram a ir à escola e foram felizes para sempre na sua quinta.


Moral da história: Nunca devemos desistir. Devemos ser persistentes
Sérgio Mendes, 7º C


“Perda de Tempo”

Pura perda de tempo
tudo o que escrevo,
são sonhos
talvez saudades,
são desabafos de alma,
é uma desvairada mão
que não resiste a escrever
o que lhe vai no coração.
Pura perda de tempo
uma alma que dita mudanças,
que grita ilusões,
apenas uma mente a transbordar
loucuras,
Escrevo,
e sinto-me feliz…
Unicamente,
Pura perda de tempo!

Mariana Freire, 7ºA



Zorbas, o cumpridor

“Kengah olhou para o céu, agradeceu a todos os bons ventos que a haviam acompanhado e, justamente ao exalar o último suspiro, um ovito branco com pintinhas azuis rolou junto do seu corpo impregnado de petróleo.”
Ao ver a sua amiga muito doente, Zorbas foi em busca de auxílio e a verdade é que em poucos minutos já estava de volta com os seus amigos gatos, Rico e Pató. Mas… nada feito. Ao chegarem, já Kengah tinha deixado o seu “ovito branco com pintinhas azuis” ao encargo de Zorbas.
Ao verem aquele quadro, os gatos ficaram de boca aberta e de bigodes descaídos, tal era a tristeza. Um ovo órfão!
Zorbas era um gato cumpridor e amigo do seu amigo e, neste caso, amigo da bonita gaivota que o tinha deixado devido à pouca consciência e responsabilidade do Homem. É só poluição! Marés negras a matarem as aves!..., a matarem os peixes, a poluírem as águas e a atmosfera!
— Onde é que já se viu isto? Ovos sarapintados…órfãos! — reclamava o gato, enquanto contava aos seus amigos a promessa que tinha feito a Kengah.
— Amigos, vocês vão ajudar-me, pois eu prometi não comer o ovo, cuidar dele até que nasça a gaivotinha e ensiná-lo a voar — disse Zorbas.
— O quê ?! ensinar um ovo a voar?— perguntaram os amigos.
— O ovo?...não, a pequena gaivota que vai nascer!—respondeu Zorbas.
— Vai dar no mesmo! Ensinarmos a voar?!— disseram Rico e Pató.
— Bem, antes que seja tarde, vocês levam a Kengah para a beira do lago e deixam-na tapadinha com folhinhas das árvores, para que fique descansada e eu, como tutor, só vou encarregar-me de proteger o sarapintado, como prometi, e até porque ele já deve ter ouvido falar de mim — disse o gato todo contente do seu papel.
Passado algum tempo, já Zorbas andava muito cansado por tanto cuidar do seu ovo — sem nunca ter pensado em o comer! — quando começou a ouvir uns barulhos estranhos que vinham de dentro do ovo. Logo se apercebeu que a pequena gaivota iria nascer. Ficou desesperado, nervoso, até parecia que ele, um gato de linhagem pura, ia ter um filho gaivota!
Pediu ao cão da aldeia, o Rafa, para lhe chamar Rico e Pató.
Depressa chegaram todos, mas já a Sarapintada tinha nascido. Era pequenina e muito feiosa, nem penas tinha!
— Não é parecida com a mãe— disse o gato.
— Nem com o pai— disseram os amigos a gozar com Zorbas.
Desde este momento, muitos foram os cuidados e carinhos, e Zorbas esteve sempre presente na educação da sua gaivota. Sempre lhe deu de comer e andavam sempre juntos a passear.
Um dia, Zorbas falou a sério com a Sarapintada e contou-lhe a triste história da mãe e de como ela se devia prevenir do mundo sujo e egoísta do Homem, que por vezes mata quem não tem culpa e que, conforme prometera, iria naquele dia ajudá-la a voar pelo mundo.
Com muito esforço do pai-gato e muitas mais quedas, a pequena gaivota, que já começava a ser linda e parecida com a sua mãe, começou a fazer pequenos voos.
— Voa Sarapintada, voa pelo mundo e pela tua imaginação, mas não te esqueças de ter cuidado — disse Zorbas.
Voando em torno da cabeça do pai gato, Sarapintada disse-lhe que nunca o iria esquecer e que lhe prometia sempre umas visitas anuais.
— Nunca te esquecerei, pai!...adeus!...cumprirei com as visitas!
És o maior gato do mundo!

Sérgio Mendes, 7ºC
João Caldeira, 7ºC



PASTELARIA ENIGMA

Certo dia, parei para descansar de uma longa caminhada com a minha mãe. Olhei à minha volta e, ao meu lado, estava uma pastelaria com um nome misterioso “Gnomo Delicioso” e, como estava muito cansada e ao mesmo tempo esfomeada, pedi à minha mãe:
- Será que podemos ir comer qualquer coisa?
- Sim, claro – disse a mãe.
Entrei na pastelaria “ Gnomo delicioso “, mas o nome não tinha nada a ver com a pastelaria. Tinha cadeiras castanhas e mesas vermelhas, o balcão era pequeno e simples, apenas com uma vitrina com poucos bolos e uma caixa registadora, ao lado havia uma tabela de preços colada à parede. Quanto ao chão, era a única coisa que alegrava aquela pastelaria, pois tinha várias cores alegres.
Mas fiquei muito surpreendida, de tal forma que disse:
- Mãe, posso levar um pouco de todos os bolos?
- Claro que não, levas um, e amanhã levas outro. Escolhe um.
Enquanto a mãe falava, ao mesmo tempo, ia retirando a carteira da mala.
- Mãe, quero um brigadeiro.
- Está bem, mas há um problema, não está ninguém no balcão!
Enquanto a minha falava, descobri uma pequena mensagem com palavras que não faziam sentido nenhum “ Vanessa, Edgar, Mónica, Anabela, Catarina, Olga, Zulmira, Inês, Nuno, Hugo, António “. Rapidamente percebi que juntando as primeiras letras de cada palavra significava “ vem à cozinha “. Pedi à minha mãe se poderia visitar as instalações e talvez encontrar um empregado. Entrei, e estava tudo muito limpo e sem ninguém á vista. De repente, encontrei uma mensagem idêntica á outra “ Fábio, Olga, Guilhermina, Alberto, Óscar “, significava fogão. Abri-o e, para minha grande surpresa, estavam pequenos vultos. Em seguida retirei-os do fogão, eram pequenas frutas. Maças, laranjas, bananas, uma uva e um morango, o mais pequeno. De seguida a maça mostrou-me uma carta idêntica às outras “ Simone, Óscar, Marta, Sérgio, Daniel, Alexandre, Sandra, Urbana, Ivan, carolina, Andreia “ significava “ Somos da Suiça “.
- Quem são vocês? – perguntei eu.
Desta vez responderam todos em conjunto:
- Somos gnomos da alimentação. Só praticamos o bem e só comemos comidas saudáveis, mas de vez em quando podemos comer um doce, e não temos lugar para cozinhar doces, porque na Suiça existem multas quando comemos doces, por isso criámos esta pastelaria.
- Já entendi, mas não existem empregados?
- Não. – respondeu a uva.
- Só queríamos ter um local para, de vez em quando, cozinharmos doces.
- Então, porque fizemos estes enigmas?
- Sem querer mandámos os donos embora e para arranjarmos alguém para tomar conta da pastelaria deixámos estas mensagens.
- Mas se for assim não há problema nenhum, a minha tia está desempregada e agora, como é muito difícil arranjar emprego, de certeza que vai aceitar.
- Que bom, muito obrigado! – disseram em coro.
No dia seguinte, a minha tia estava a trabalhar e a pastelaria estava cheia, na cozinha as frutas estavam preparando os bolos e eu continuei a fazer uma caminhada todos os dias com a minha mãe.
Assim, todos ficaram contentes e a pastelaria “ Gnomo Delicioso “ foi quem ficou a ganhar mais.

Sofia Rocha, 6ºE


História de uma moeda
Eu sou uma moeda de 1 Euro. Tenho uma cara e uma coroa e nasci em Espanha no ano de 2001 que é a data que está na coroa, acompanhada com o retracto do rei de Espanha, D. Juan Carlos I. Estive guardada no cofre de um banco e, no dia 1 de Janeiro de 2002, fui conhecer o mundo e comecei a andar de um lado para o outro.
Depois de várias viagens complicadas, acabei por ser a moeda da sorte de um jogador de futebol em Madrid e ele a cada jogo que fazia levava-me no bolso dos seus calções, onde eu ouvia os jogadores a falar, os árbitros apitar e os espectadores a gritar e a aplaudir.
Um dia, num jogo mais disputado, caí no relvado. Dias depois, o cortador da relva encontrou-me e meteu-me no bolso. Estava muito triste por ter deixado o meu dono mas eu já sabia que a vida de uma moeda é mesmo assim. Por acaso tive sorte porque no bolso do cortador de relva havia mais moedas e eu fiz novas amigas.
Um dia o cortador de relva foi ao mercado comprar um presente para oferecer à mulher que fazia anos e eu e as minhas amigas fomos trocadas por um ramo de flores. A florista aceitou-nos com agrado, até porque nós éramos muito bonitas, com uma faixa dourada à volta e um prateado intenso no meio, o que nos dava um belo aspecto.
A florista achou-me tão bonita que, como tinha uma colecção de moedas de todo o mundo e de todos os tempos, decidiu guardar-me na sua colecção. Mas, ao guardar-me no saco onde eu devia ficar, voltei a cair sem ela dar conta e fiquei no chão. No dia seguinte o filho da florista descobriu-me, apanhou-me e trocou-me por um café. Era fim de ano e o empregado do café viajou para a Serra Nevada em Granada, onde fez a passagem de ano. Que neve tão branca e tão bonita lá havia. Mas fui trocada por um par de luvas para o frio.
O vendedor de luvas da Serra Nevada, viajou de seguida para Lisboa onde fiz de troco na venda de um cachecol na Rua Augusta e fui parar às mãos de um vendedor de peixe no Mercado de Arroios, junto à Praça do Chile, em Lisboa. O peixeiro tinha o bolso das calças roto e mais uma vez caí no chão. Algum tempo depois o Filipe foi fazer uma corrida com o pai à Alameda D. Afonso Henriques, onde está a Fonte Luminosa. No regresso a casa, passaram pelo Mercado de Arroios. Ele olhou para mim e disse: “ - Pai, olha uma moeda!” e apanhou-me. Hoje faço parte das moedas que habitam no seu mealheiro. Entretanto recordo-me de o pai dele ter dito: ”- Olha lá Filipe, não tens de fazer dois textos para português até ao fim de Novembro? – Porque não dás um deles à moeda que encontraste há dias, para ela contar a sua história? ”...







Filipe Azevedo Nº 9 6ºC





Animais, como eles não há iguais!

Lena chegou a casa a correr, como sempre, mas logo se pôs muito séria e perguntou:
-Ó pai, há tantas histórias passadas no tempo em que os animais falavam! Porque é que agora já não falam?
- É uma longa história, mas não te posso contar.
- Cá para mim estás a inventar, tu é que não sabes!
-Não estou não, já que estás tão interessada vou contar-te uma história.
A casa da Lena situava-se perto do mar e ela e o pai estavam no jardim, sentados numa cadeira de baloiço, e ao som da brisa quente de Verão, o pai começou a contar a história:
-Tudo começou há muito tempo atrás, quando os animais falavam. Num reino longínquo de tudo e de todos. No alto de uma torre passava-se uma reunião do C.A.A, Conselho Administrativo dos Animais. Dizia-se que discutiam a falta de segurança destes e a chegada de um inimigo.
Nesse mesmo reino, havia uma aldeia de animais, onde todos conviviam em paz . A dona zebra Zulmira discutia com a girafa Giroflé sobre o que iria comprar no supermercado, enquanto o crocodilo Rio Nilo bebia cerveja e conversava com o cão Comilão sobre o grande jogo de Patabol que iria haver.
Era uma pequena aldeia de animais, onde o gato Aristocrato era primo do tigre Tigrão. Eram todos felizes e não havia confusão. Mas certo dia o presidente daquela aldeia, o senhor bode Montês anunciou o seguinte:
- A nossa aldeia corre perigo!
Todos os animais ficaram boquiabertos:
- Parece que um ser mais inteligente que nós a quem chamam Homem se aproxima da aldeia; Ele virá para saber os nossos segredos, portanto, só nos resta uma opção…
O senhor bode Montês parou, baixou a cabeça, retirou os seus óculos pousou as patas na mesa e gritou:
- Agir como os nossos antepassados! – Disse o bode.
Os antepassados dos animais agiam como por exemplo a ladrar, a miar ou a zurrar!
A partir daí nunca mais se ouviu um animal a falar – Acabou o pai.
- Ó pai, porque é que os animais no consideravam uma ameaça? Porque é que eles pensavam que queríamos saber os seus segredos? – questionou Lena.
- Isso eu não sei. Já é outra história, porque não a procuras?


Priscila Pires, 7º A




NA PRAIA







Eu estava na praia
Para um barco apanhar
Apanhei um barco pequenininho
Porque eu estava sozinho.

Eu não sabia navegar
Mas veio um marinheiro para me ajudar
Eu aprendi a remar
E fui para o mar.

Parei no meio do mar
E depois pus-me a pescar
Apanhei um peixinho
Muito pequenininho

Depois perdi-me no mar
E um golfinho me ajudou a voltar
E depois fui para casa
A chorar

Minha mãe perguntou-me onde fui
Eu disse «fui navegar no mar para o jantar apanhar»
E a mãe contente foi fazer o jantar.

André Moreira, 5º L




A VIDA


A vida é como um enorme livro, cheio de fantasias, aventuras e contos encantados, com príncipes nos seus cavalos brancos numa noite de Verão ao luar, lutas de espada por uma princesa amada e duas almas apaixonadas embaladas pelo doce som do vento num Outono brilhante. A vida está cheia de pequenas histórias de amor, de brigas e até de pequenas amizades nunca esquecidas.
Cada pessoa tem o seu próprio "livro" e, no final de cada "livro", existe uma folha com a sua classificação. Se for uma boa pessoa, na folha estarão escritos sentimentos bons, como o amor, a amizade... Se for uma pessoa má, estarão escritos sentimentos maus, como o ódio, a inveja... Mas, no fundo, todos acabam por ter um bocadinho de todos esses sentimentos.
Para se poder viver bem a vida, é preciso saber vivê-la, aproveitando bem cada segundo, sem fazer tolices como beber álcool, meter-se na droga ou ser insensível e bruto(a).
Se quiseres ser boa pessoa e um bom cidadão, aprende a viver bem, vais ver que, se o fizeres, serás mais feliz!!!

Carolina Brito, 6º L




O ALUCINANTE MUNDO DO CINEMA

O herói da nossa história é um bonequinho do tamanho de um palito chamado Peperrap. Ele é muito imaginativo e está sempre à procura de aventuras.
Certo dia, em que se encontrava no estúdio do seu castelo de açúcar, tentando imitar os seus ídolos do cinema, tropeçou e bateu com a cabeça na sua pequeníssima máquina de filmar, feita de chocolate e caiu redondo no chão. Na mente adormecida do nosso herói, começaram a surgir como que alucinações. À sua frente estava o James Bond, mais conhecido por "007", interpretado por Sean Connery, um dos seus actores preferidos, que o convidou a entrar no filme "007, o Homem da Pistola Dourada".
Que emoção!!! Ele ia ajudar a salvar o planeta, libertando-o das mãos de um terrível malfeitor.
Depois do filme ter sido realizado e apresentado com grande êxito, eis que o Peperrap desperta. Surge-lhe a grande ideia de ser ele próprio a realizar um filme. Com a sua varinha mágica, transforma uma broa de mel num avião supersónico e parte velozmente para Hollywood. Com a ajuda do Tom e do Jerry, lança-se numa aventura escaldante no deserto. Exaustos, alegram-se por ver um oásis, onde montam uma tenda e decidem fazer uma "pequena" grande festa!!!


Ivo Pinto, 6º H








O Outono L'Allee des Alyscamps, V. Van Gogh

O Outono começou dia 21 de Setembro e termina no dia 21 de Dezembro. O Outono é a estação do ano em que começa a arrefecer o tempo. Por isso, as folhas das árvores caem. É estação do ano em que se apanham as maçãs, as castanhas e se fazem as vindimas. Eu gosto do Outono, porque gosto de apanhar as uvas e ver como se faz o vinho. Na casa da minha avó parece uma festa nesse dia. Toda a família participa e é muito divertido.
Também já apanhei castanhas, é engraçado, mas pica bastante porque, por vezes, as castanhas estão dentro dos ouriços e temos de os tirar. Eu gosto de ir à terra dos meus pais nesta altura do ano, porque gosto de fazer estes trabalhos.






No Outono comemora-se o dia de São Martinho.


Nesse dia comem-se as castanhas e bebe-se água-pé. O Outono, apesar de ser uma estação triste, eu gosto, porque recomeçam as aulas e reencontramos os amigos e colegas.
Ruben Lourenço, 6ºG







O Espelho Mágico
Era uma vez há muito tempo atrás, quando os animais falavam, três irmãos que viviam numa floresta muito assustadora.O irmão mais novo chamava-se João, o irmão do meio chamava-se José e o irmão mais velho chamava-se Jacinto.Os três irmãos viviam agora sozinhos numa casa muito pequena, pois os seus pais tinham morrido numa viagem. Por isso eram eles que tinham de fazer tudo: cozinhar, lavar a loiça, fazer as limpezas, etc. Um dia decidiram caminhar pela floresta fora à procura de pistas que os ajudassem a perceber porque razão se chamava "A floresta Assustadora". Depois de terem caminhado muito, o irmão do meio e o irmão mais velho decidiram parar para descansar um pouco, não reparando que João, o irmão mais novo, se ia afastando cada vez mais, sempre a investigar. Quando os outros dois irmãos deram pela falta do mais novo, ficaram muito aflitos e decidiram logo procurá-lo.

-João,onde estás?- gritava o mais velho, desesperado.
Entretanto, o João, na outra extremidade da floresta, nem deu pela falta dos outros irmãos, pois estava muito entretido à procura de qualquer coisa que fosse interessante na floresta assustadora. José e Jacinto continuavam a procurá-lo, mas não havia sinais dele em parte alguma. Entretanto, encontraram um poço e pensaram logo que o seu irmão poderia ter caído e estar ali preso à espera que alguém o fosse salvar. Espreitaram lá para dentro e o poço não tinha água, mas o José debruçou-se tanto que acabou por cair lá para dentro. O José, quando caiu para dentro do poço, ficou inconsciente e demorou um pouco para voltar a acordar.
- José estás bem? - perguntava o Jacinto ao irmão imensas vezes.
O José não respondia porque estava ainda inconsciente. Tantas vezes Jacinto o chamou que José acabou por acordar lentamente.
- Jacinto, estás aí em cima? - perguntou José, ainda um pouco tonto.
- Estou, e tu estás bem? Magoaste-te?
- Não, eu estou bem, mas como é que eu vou sair daqui?
Jacinto viu um balde perto do poço e ocorreu-lhe de imediato uma ideia: atar-lhe uma corda e descê-lo lentamente para o fundo do poço, para que o irmão pudesse entrar para dentro do balde e ele o pudesse puxar para cima.Quando José subiu, abraçaram-se e até lhes chegaramn as lágrimas aos olhos, mas não podiam perder mais tempo, tinham que encontrar o seu irmão mais novo, o João. Passado algum tempo encontraram, no centro da floresta, um lago que tinha só um peixe muito grande e gordo, cor de laranja avermelhado. De repente o peixe saltou de dentro de água e reapareceu com metade da cabeça de fora, e disse:
- Olá!
O irmão mais velho perdeu a fala. Só passado uns segundos é que disse, gaguejando:
- O pppei-xe fffa-la!
Mas o irmão José estava todo contente, dizendo enquanto pulava, rebolava e sei lá mais o quê:
- O peixe fala! O peixe fala! Oh, meu Deus o peixe fala!!!
Passado alguns minutos, depois de já estarem mais calmos, o peixe voltou a falar:
- Olá, eu sou o Laranjinha, um peixe imortal, e tenho muito gosto em conhecer-vos. Como se chamam?
- Eu sou o Jacinto e o meu irmão é o José - disse o Jacinto.
- Não se assustem, eu não mordo e não faço mal a ninguém, só quero brincar. Querem brincar comigo? - perguntou o Laranjinha.
Eles ficaram muito admirados quando o peixe perguntou aquilo, mas este era um peixe especial.
- Nós não podemos, gostávamos muito, acredita, mas estamos à procura do nosso irmão João que desapareceu. Desculpa - disse Jacinto com um ar triste.
- Não faz mal, e não se preocupem porque eu tenho uma coisa que vos vai ajudar muito, um espelho mágico! Vê onde as pessoas estão naquele momento e o que estão a fazer.
Jacinto e José acharam uma optima ideia. Então, Jacinto pressionou num botão, e no espelho viu-se o João em casa deitado na sua cama e com ar pensativo.Eles despediram-se do seu amigo Laranjinha e dirigiram-se a correr para casa.Quando chegaram a casa, abraçaram-se ao irmão com muita força e todos contaram as suas aventuras.
Felizmente tudo acabou bem.
Cláudia Silva, 8º C

LER PARA CRER


Título: Reinos do Norte
Autor:Philip Pullman

Na realidade, a maioria dos leitores conhece este livro como A Bússola Dourada, devido ao sucesso cinematográfico do filme baseado na história deste livro, mas o seu verdadeiro nome é Os Reinos do Norte. Mundos Paralelos (a trilogia da qual este livro é a primeira parte) é uma trilogia mágica e poderosa, recheada de aventuras, imaginação e mistério. O seu autor, Philip Pullman, é muitas vezes comparado a C.S. Lewis, Tolk:ien ou Lewis Carroll e já recebeu diversos prémios de literatura.
Este primeiro volume, Os Reinos do Norte, reúne um vasto leque de ingredientes- fantasia, conto de fadas, poesia, humor e suspense.
A sua protagonista é Lyra Belequa, uma menina de onze anos que anda sempre na companhia do seu génio. E é juntamente com Pantalaimon que ela irá fazer uma perigosíssima viagem até às vastidões longínquas do Norte para tentar desvendar mistérios…Ela vai envolver-se numa aventura após ouvir uma conversa que fala da existência de uma partícula chamada "Dust" (poeira), que teria o poder de unir mundos diferentes. Mas a realidade revela-se assustadora… Lyra irá conhecer criaturas fantásticas, feiticeiras que cruzam os céus gélidos, espectros fatais e ursos blindados numa luta terrífica entre a vida e a morte, o bem e o mal, a sobrevivência ou a aniquilação do mundo…E é também com ajuda de Iorek, um urso que ajudou a recuperar a armadura, que vai chegar aos Reinos da Norte e salvar o seu tio e imensas crianças que, nas mãos de raptores a que todos chamam de goblers, e que estavam sob ameaça de terem de se separar dos seus génios.É assim que acaba este livro, mas, com certeza, nos outros dois iremos encontrar todo o resto da história.Traduzida em trinta e nove línguas, a trilogia Mundos Paralelos tornou-se um fenómeno de vendas planetário, tendo ultrapassado já os dez milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. A adaptação deste primeiro volume ao grande ecrã, com o título “A Bússola Dourada”, já é uma realidade e conta com a participação de Nicole Kidaman e Daniel Craig.



Rita Amador, 7ºE



Título: Doze de Inglaterra

Autor:António Torrado

Resumo de algumas cenas

Cena I



O Gineceu fora invadido por uns cavaleiros brutamontes e as damas começaram a gritar por socorro.
As damas começaram a dizer que o Gineceu não era para os homens, mas eles não faziam caso, pelo contrário, ainda se riam e dançavam, troçando delas.
De seguida, o Duque de Lencastre entra em cena e tenta impor a ordem, mas só depois de tanto insistir e assustar os cavaleiros brutamontes é que conseguiu que eles se acalmassem.
As damas reclamavam que tinham sido desonradas, mas o duque acalmou-as, dizendo-lhes que num país do Sul havia quem lhes pudesse valer. Com estas notícias, as damas ficaram mais contentes e começaram a cantar.


Cena II
D. João I, rei de Portugal, estava a passar revista a onze cavaleiros, quando reparou que, no fim da fila, estava ainda vestido de pajem, Magriço, o mais jovem e franzino de todos.
Ao chegar diante de Magriço, o Rei suspendeu a fala e perguntou com ironia se as damas inglesas lhe tinham pedido auxílio.
Ao ver que os restantes cavaleiros troçavam dele, Magriço respondeu embaraçado que a mensagem tinha sido destinada ao seu irmão mais velho, que tinha morrido em Ceuta.
Insistindo, o Rei disse-lhe que ele nem sequer tinha sido armado cavaleiro.
Magriço pediu então que fosse o Rei, naquele momento, a armá-lo. O Rei não estava convencido, mesmo assim Magriço não desistiu e começou a proclamar todos os “títulos” do seu pai e respectivas vitórias.
Ao fim de algum tempo, o Rei impôs respeito aos cavaleiros e mandou vir elmo e armadura. Foi assim que Magriço, de joelho no chão, foi armado cavaleiro. Ao levantar-se, cambaleou, mas não caiu. Mais uma vez, os cavaleiros riram-se dele. Magriço informou então que não ia fazer o caminho junto deles, ou seja por mar, mas sim por terra, pois tinha medo de não os aturar e de os atirar borda fora. Os cavaleiros exaltaram-se. Magriço disse-lhes que tinha escolhido o seu caminho e que iriam ouvir falar dele. Um cavaleiro protestou, dizendo que seriam apenas onze, os cavaleiros que iriam enfrentar os doze de Inglaterra. Magriço, em tom de despedida, diz apenas que "o mar tem mais ondas do que a terra”

Cena III
Passado o tempo de Magriço discutir com alguns dos Cavaleiros, olha em volta e pensa que, de tanto andar para trás e andar para a frente, não saía do mesmo sítio.
De repente, uma criatura, com umas vestes exóticas que mais parecia um mendigo excêntrico, passa à frente de Magriço e este, como se já conhecesse o mendigo, começa a tentar pôr conversa.
A tal criatura desconfiada enfrenta-o por pouco tempo e foge passados uns segundos. De novo aparece à frente de Magriço, mas armada e acompanhada por outra criatura armada.
Estas duas criaturas, sempre resmungando uma com a outra, começaram a falar numa língua desconhecida e agressiva, Magriço hesita, apresenta-se e vai tentando falar com elas, mas as criaturas estavam sempre a falar entre si e a tentar comunicar com Magriço.
Enquanto Magriço continuava a tentar simpatizar com as duas criaturas, num golpe surpresa, tiraram-lhe a espada e o punhal, mandaram-no ao chão e dominaram-no.
Começaram-se a ouvir uns uivos bastante espaçados e as criaturas fogem alertadas. De repente, uma jaula cai por cima de Magriço e aprisiona-o de modo a que ficasse enjaulado.
Os Anões eram as criaturas que iam ganhando forma e que estavam a produzir os uivos e estalidos entre outros sons.
Um dos anões tenta intimidar Magriço, ou melhor, tenta meter-lhe medo.
Magriço, muito seguro do que dizia, foi falando da sua coragem e que aguentava com o pequenino anão, mas o anão retribui-lhe a afirmação, dizendo que bastava um para chamar os outros. Magriço ainda acrescentou que o seu único dono era rei, D. João de Portugal.
O Anão disse-lhe que o seu dono era o seu grande e desconhecido Medo e que naquela situação o seu rei, D. João de Portugal, de nada lhe valia.

André Alves, Catarina Jacinto e Alexandra Vigário, 7º D


Título: O Diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4
Autor: Sue Townsend

O diário secreto de Adrien Mole aos 13 anos e 3/4 foi um livro escrito pela inglesa Sue Townsend e logo no início se destacou pela positiva.
Adrian Mole é um rapaz inglês que vive uma adolescência normal no meio de uma família bizarra.
É um intelectual que lê muitos livros, tem opinião política, manda cartas para a BBC e tem uns quantos problemas existenciais.
Tem um pai bêbado, preguiçoso e por vezes desempregado, um típico homem inglês. Este está casado com Pauline uma feminista que não faz as tarefas domésticas e, tal como o seu marido, não liga ao filho.
Pauline, em determinada altura, tem um caso com o vizinho, o Sr. Lucas. Lucas visita muitas vezes a mãe de Adrian e vice-versa. Contudo, Lucas separa-se da sua mulher, pois esta revela ser lésbica.
Assim sendo, Lucas e Pauline aproximam-se ainda mais e passado algum tempo fogem juntos para Sheffield.
A mãe de Adrian acaba por voltar para o seu la,r pois Lucas apenas satisfaz as suas necessidades sexuais e não o resto.
Nesse período de ausência maternal, Adrien sente-se um pouco só e tem de sustentar a casa (isto é, fazer comida e arrumar as coisas). O pai de Adrien fica destroçado.
Quem os consola é a avó do rapaz, uma velhota normal e a única familiar de Adrian que gosta realmente dele e o mima sempre que pode e por vezes ajuda o cão.
O cão é um qualquer cão estúpido que come coisas impróprias para consumo, e é operado múltiplas vezes com o dinheiro necessário para a família Mole.
Além de tudo há Nigel um amigo punk de Adrien que tem uma bicicleta porreira e acaba por o trair, ao namorar com o grande amor de Adrian, Pandora.
Em forma de diário, é um livro hilariante, difícil de resistir. Experimenta.

Simão Pereira, 8ºE


Título: Boca do Inferno

Autor: Ricardo Araújo Pereira




Boca do Inferno é um livro essencial para compreender o nosso tempo, especialmente a parte da tarde.”
Boca do Inferno é o livro que reúne as crónicas que Ricardo Araújo Pereira escreveu para a Revista Visão entre 2004 e 2007.
Em Boca do Inferno, Araújo Pereira dá a sua opinião sobre assuntos da actualidade como a política, o desporto e a música revelando sempre um grande sentido de ironia e uma visão completamente audaz e inovadora.
Dando exemplos banais como a sua paixão por futebol ou outros mais diferentes como as canções de Tony Carreira, o comediante consegue reunir toda uma análise à sociedade actual, referindo o seu lado mais bizarro.

Na minha opinião, “ Boca do Inferno “ é sem dúvida um livro diferente, que ajuda a compreender e a descobrir o lado cómico da sociedade actual que, como todos sabem, não é lá muito engraçada.
No “ Posfácio Relativamente Interessantíssimo “, de Manuel Rosado Baptista, podemos ler: “ Falar deste conjunto de crónicas de Ricardo de Araújo Pereira é, acima de tudo, perder tempo." Eu concordo, mas digo também que essa perda de tempo tem tanta qualidade como o livro em sim, ou seja, muita . E é por isso que vos aconselho, sem dúvida alguma, a leitura deste conjunto de crónicas de Araújo Pereira, que irá de certeza desenvolver o vosso sentido de crítica e de humor. Isto se não tiverem lido as crónicas do autor na "Visão". Aí, podem ficar com o vosso romance...
Gonçalo Freire, 8ºC

LEITURA & PUBLICIDADE
Neste período, a turma C do 8º ano criou alguns anúncios
e marcadores de livros, procurando divulgar as leituras efectuadas. Esperamos que te possam ajudar na escolha de um livro interessante.










Título: Marley e eu
Autor/a: John Grogan

Confesso que antes não gostava muito de ler. Achava que as histórias eram todas repetidas, sempre com a mesma aventura e sempre com um final feliz, parecido com aqueles dos contos de fadas. Mas isso foi antes.
Num dia de Verão, em 2007, eu e a minha família estávamos a passear por um centro comercial. Quando chegámos ao 1º andar, que tinha tudo e mais alguma coisa, desde maquilhagem até informática, a minha mãe disse-me:
- Susana, devias começar a ler mais. A leitura é muito importante. Enriquece-te o vocabulário e ficas a conhecer melhor os escritores. Porque é que não compras um livro? Vá lá!
- Sim, mãe. Já percebi, mãe. OK, mãe. Está bem, mãe - continuava completamente nas tintas para os livros, mas acabei por ter que escolher um, pelo menos, porque a minha mãe já se estava a passar.
Lá teve de ser. Procurei por todas as secções: livros juvenis, romances, bandas desenhadas, alguns baseados em filmes... Tantos! Na zona dos romances encontrei um chamado Marley e Eu. Pensei e pensei... acabei por decidir levar aquele.
Quando cheguei a casa, fui logo para o meu quarto, tirei o livro do saco e fiquei a olhar para a capa durante minutos. Depois comecei a ler as primeiras páginas. Foi emocionante para mim, pois falava da infância do escritor, John Grogan, enquanto ele tinha um cão ( que era considerado o seu melhor amigo), que mais tarde morreu de velhice.
A partir dessa parte, começou a história principal. Grogan, aí, falou de todos os momentos passados com Marley, um labrador que, para o dono, era um cão hiperactivo, desde o dia em que foi adoptado até ao dia da sua morte.
A história foi muito interessante e cómica, até à parte final. A partir dessa parte, foi-se tornando ainda mais forte, fazendo pensar no assunto durante muito tempo.
Ao fim de uma semana, fechei o livro. Já o tinha acabado de ler, e acabei por dar por mim a chorar. Estava muito emocionada pela primeira vez na minha vida.
Porquê? Porque este livro me fez lembrar acerca do facto de perdermos as pessoas e os animais de que mais gostamos e até me fez lembrar os bons momentos que passei com uma grande amiga minha de infância que morreu muito cedo, com leucemia.
Agora, sempre que perco alguém muito importante para mim, penso sempre: " Tenho de continuar a seguir a minha vida em frente, alcançar os meus maiores objectivos e ser feliz".
Esta foi uma história real de que nunca me hei-de esquecer: Marley e Eu; e aconselho a todas as pessoas a lerem este livro para saberem como nos sentimos quando perdemos alguém ou abandonamo-la. Agradeço também a John Grogan por ter escrito este livro e fazer-me acreditar que nem todos os livros são iguais.

Susana Marques. 8ºD


Título: Voa Comigo!
Autor/a: Maria Teresa Maia Gonzalez

Era uma vez um rapaz de onze anos chamado Edu que sonhava vir um dia a ser piloto-aviador, como o pai. Edu vivia com a avó Aninha porque a sua mãe estava internada num hospital psiquiátrico e o seu pai tinha muito trabalho.Os seus pais estavam separados, mas Edu tinha esperança de voltar a vê-los juntos. Até que um dia, Edu recebeu a notícia que o seu pai ia voltar a casar e dentro dele nasceu uma enorme revolta e tristeza. No entanto, numa visita inesperada da sua tia e grande amiga Tóia, descobre um amigo muito especial, que não só está sempre com ele, como também pode falar quando quiser e sobre o que lhe apetecer. Ele ajudá-lo-á em todas as dificuldades e problemas que surgirem e mostrar-lhe-á como a vida pode ser bela…
Lê este livro e descobre-o tu também!

João Beirão, 8º C

PROJECTOS

POESIA, POESIA, POESIA, POESIA
Maio, mês da poesia? Os alunos do 8º C e E quiseram que fosse e com as palavras dos nossos poetas encontraram as deles. Para dizer em voz alta e encontrar outros sentidos...
Aqui vão as capas dos livros de poesia elaborados pelos alunos.



















Vão até à Biblioteca, consultem o exemplar disponível e ... enviem os vossos comentários!





No âmbito do estudo do texto poético, a turma G do 6º ano realizou vários trabalhos de que vos mostramos alguns exemplos.




Para apreciarem e... tentarem fazer como eles!











PALAVRA A PALAVRA


MARÇO
Outra margem

E com um búzio nos olhos claros
Vinham do cais, da outra margem
Vinham do campo e da cidade
Qual a canção? Qual a viagem?

Vinham p’rá escola. Que desejavam?
De face suja, iluminada?
Traziam sonhos e pesadelos.
Eram a noite e a madrugada.

Vinham sozinhos com o seu destino.
Ali chegavam. Ali estavam.
Eram já velhos? Eram meninos?
Vinham p’rá escola. O que esperavam?

Vinham de longe. Vinham sozinhos.
Lá da planície. Lá da cidade.
Das casas pobres. Dos bairros tristes.
Vinham p’rá escola: a novidade.

E com uma estrela na mão direita
E os olhos grandes e voz macia
Ali chegaram para aprender
O sonho a vida a poesia.


FEVEREIRO
Princípios
Podíamos saber um pouco mais
da morte. Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais
depressa.


Podíamos saber um pouco mais
da vida. Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.


Podíamos saber um pouco mais
do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.


Nuno Júdice



OUTUBRO

Isto

Dizem que finjo ou minto

Tudo que escrevo.
Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo o que sonho ou passo,

O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.

Por isso escrevo em meio

Do que não está de pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir?
Sinta quem lê!

Fernando Pessoa


NOVEMBRO



Confiança



O que é bonito neste mundo, e anima,


É ver que na vindima


De cada sonho


Fica a cepa a sonhar outra aventura...


E que a doçura


Que se não prova


Se tranfigura


Numa doçura


Muito mais pura


E muito mais nova...



Miguel Torga



DEZEMBRO

Natal Chique

Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na minha pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu – me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.


Vitorino Nemésio
Portugal


JANEIRO

Estações do Ano

Primeiro vem Janeiro
Suas longínquas metas
São Julho e são Agosto
Luz de sal e de setas

A praia onde o vento
Desfralda as barracas
E vira os guarda-sóis
Ficou na infância antiga
Cuja memória passa
Pela rua à tarda
Como uma cantiga

O verão onde hoje moro
É mais duro e mais quente
Perdeu-se a frescura
Do Verão adolescente
Aqui onde estou
Entre cal e sal
Sob o peso do sol
Nenhuma folha bole
Na manhã parada
E o mar é de metal
Como um peixe-espada

Sophia de Mello Breyner Andresen